domingo, 20 de março de 2011
Duas vidas - Capitulo 1
A vida pode ser dificio para algumas pessoas, porque o destino nos prega peças... e a palavras que nunca deveriam ser ditas, como o "nunca". Quantas vezes ja dissemos que "nunca" iriamos fazer algo e como fosse uma palavra amaldiçoada você acaba fazendo.
Assim começa minha historia... meu nome é Kauã, tenho 16 anos e moro em Pelotas, uma das maiores cidades do estado do Rio Grande do Sul.
Mesmo sendo uma das maiores cidades do estado, é muito limitada, nao tem muito o que fazer. O lugar mais facil de me achar é em frente ao cinema ou na praça com os amigos. O grupo normalmente é o mesmo, Karen, Matheus, Elias, Nathan, Felipe e eu. A historia começa em uma sexta feira na saida da escola...
- Felipe, o que vamos fazer hoje? vamos pro calçadão?
- Nem sei cara... tenho futbol contra o 2° ano, o Matheus e o Elias vão jogar tambem. Não queres jogar?
- Não não.. to meio cansado e meu joelho ta meio ruim. Vou ver com o Nathan e a Karen se eles querem sair então.
- Blz então Kauã, se vemos amanhã então.
- Flw cara.
Voltei para dentro do patio do colegio pra encontrar o Nathan e a Karen. Logo encontrei eles, tavam forçando o professor de matemática para deixar eles entregarem o trabalho na outra semana.
- Awe professor!! não da mole pra eles não.
- Mas claro que não vou Kauã, e pra você tambem não, tas me devendo um trabalho ainda... vou indo nessa, bom final de semana pra vocês.
- heheheehe Toma Kauã, tas fudido tambem hehehee
- Mas porque eu taria? tem a Karen pra fazer o trabalho pra mim hehehee.
- Vai sonhando Kauã...
- Então... vamos dar uma volta no calçadão?
- Vamos cara.
- Vai tambem Karen?
- Claro.
Nós tres estavamos indo pela rua quando passou dois meninos pela gente, eles eram todo colorido, de longe ja se via qual era a banda favorita deles. Quando passaram pela gente, nos olharam de cima a baixo, e a Karen não ia deixar de comentar.
- Hummm... meninos... vocês viram? os Restart ali gostaram de vocês.
- A Karen, vai indo, não fala merda.
- Vai ver mesmo né Kauã, que tu não viu eles olhando vocês dois?
- Sim, mas nunca ia ficar com um homem, sem chances.
- Nem eu, se os guri tivessem aqui, ja ia dar uma mão de pau neles ate virarem homem.
- Isso ai Nathan.
- Bá guris... não achei que vocês fossem tão idiotas assim.
Depois do acontecido chegamos no calçadão e ficamos matando tempo sentado ali.
- O Nathan, amanhã meus pais vão viajar, vai la pra casa e ja chama a gurizada.
- Mas que Kauã? só vai convidar os guri? e eu? não posso ir não?
- É programa de meninos Karen, a não ser que você queira participar hehehee.
- Não... muito obrigado, no minimo vão se juntar tudo pra jogar video game e bater punheta heheheehe.
- AAA vai indo Karen.
- Pode cre Kauã, vamo la sim. A Karen ta é com ciumes hehehee.
- Bom gente, vou la almoçar. Vou esperar amanhã Nathan. Tchau Karen.
- Tchau Kauã.
Quando chego em casa vejo que tem um caminhão de mudanças em frente a casa de nossos antigos visinhos.
- Mãe, o mãe?
- Que foi Kauã?
- Tem vizinho novo chegando?
- Sim, sim, é um casal e um menino da sua idade. São muito simpaticos, convidei eles pra virem almoçar aqui em casa, ja que estão arumando a mudança não vão ter tempo pra cozinhar, ai você ja faz amizade com o menino.
- Ta bem, faze o que né.
Minha mãe terminou de falar e alguém toca a campainha.
- Filho! deve ser eles, vai abrir a porta.
- Ja? nossa, tão com fome mesmo.
- Deixa de ser mau educado e vai abrir a porta.
Quando abrir ali estava, a mulher e seu filho; ela era alta e magra, cabelos pretos e pele morena, olhos castanhos. Ele tinha a pele bem branquinha e tinha cabelos pretos tambem, mas seus olhos eram azuis, seu corpo era magro mas meio forte. Realmente pareciam ser simpaticos; o menino mesmo tinha um geito meio envergonhado.
- Tudo bem? você deve ser o Kauã, sua mãe falo muito de você.
- humm.. sou eu sim. podem entrar.
- Meu nome é Laura, e esse é meu filho Guilherme.
- Minha mãe falou de vocês, vou chamar ela. Mãeee!!
Minha mãe vem cheia de simpatia, ela adorava bancar a boa vizinha.
- oiii, tudo bem? que bom que vocês chegaram.
- Mãe, vou pro meu quarto, depois me chama quando o almoço tiver pronto.
- Vai, e leva o Guilherme com você.
- Ta bem, vamos la Guilherme?
- Claro, vamos.
Subimos pro quarto e começamos a conversar.
- Fica a vontade ai, tem o Pc ali se você quizer jogar.
- Nem esquenta, to bem assim.
- Vai estudar aonde?
- Numa escola que tem aqui perto, não lembro o nome.
- Deve ser a mesma minha. Cheguei agora de la. Vou tomar um banho pra passar esse calor.
- Claro, fique a vontade, não esquenta, eu ti espero.
Afobado como sempre, começei a tirar a roupa ali no quarto mesmo. Tirei a camisa e notei que ele fico me olhando disfarçadamente, então pra ter certesa tirei a calça ali mesmo e fiquei só de cuecas. Percebi que ele fico nervoso e um pouco vermelho, então pedi pra ele se levantar e pegar uma toalha pra mim dentro do armario e fui pro banheiro. Ele ficou sem geito mas levantou e pegou, e quando estava vindo tirei a cueca e fiquei atraz da porta do banheiro. O importante eu ja tinha notado, ele nao era hetero, mas não sei porque eu o provoquei tanto. Quando ele se aproximava de mim, olhei em direção da sua cintura e notei que ele estava excitado, devido ao volume que dava bem pra perceber. Então meio que de impulso sai de traz da porta pelado mesmo, e fui em direçao dele pegar a toalha. Ele paraliso e fico me olhando com uma mistura de desejo e vergonha.
- Vlw Guilherme, vou pro banho, fica jogando ali no meu quarto que ja vou ali.
- Claro claro...
Sabia que ele havia percebido que tinha testado ele, por isso ele não sabia onde por a cara. Mas ele era diferente dos eminhos que normalmente davam em cima de mim, era mais menino e poucos perceberiam que ele é gay, ou bi, pois não sei bem o que ele é ainda. Mas ele não me encomodava, isso que era mais estranho, mas uma coisa é certa, os meus amigos não poderiam saber dele.
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